Imobilizações I

 

Aqui começamos com as técnicas conhecidas em algumas artes marciais ou sistemas de combate/defesa pessoal como "grappling", que consiste na imobilização do adversário através de chaves, estrangulamentos, alavancas, etc.

Estas técnicas de imobilização são muito utilizadas no Judo e no Jiu-Jitsu (principalmente no Jiu-Jitsu Brasileiro) e são especialmente úteis para uso das Forças de Segurança, vigilantes privados, guarda-costas, etc.

No Ninjutsu Moderno, as Imobilizações são utilizadas normalmente após a aplicação de uma projecção, quando ainda estamos em contacto físico com o adversário, de modo a imobilizar o adversário no solo.


Em cada lição de Imobilizações serão apresentadas duas ou três destas técnicas, conforme o nível do Programa Técnico.

As técnicas serão apresentadas com o seu nome original, em japonês.


Juji-Gatame


Juji-Gatame


O defensor (pessoa que executa a técnica) fica deitado de supino e numa posição perpendicular em relação ao atacante (pessoa que recebe a técnica).

O defensor agarra o braço do atacante com ambas as mãos, prende o braço entre as suas coxas e junta os calcanhares, de forma a capturar e prender o outro braço do atacante com os pés. O defensor junta então os joelhos para aplicar um pouco mais de pressão e seguidamente encosta completamente o braço do atacante ao seu peito, aplicando assim uma chave no cotovelo do último.

A seguir é só levantar um pouco a anca do chão (até à extensão máxima da articulação do braço do oponente), usando assim o princípio de "alavanca" e imobilizando completamente o atacante.


Esta imobilização é relativamente fácil de executar e é bastante eficaz. Pode ser efectuada logo a seguir a uma técnica de projecção (Ippon Seoi Nage ou mesmo o Omote Gyaku do "Kihon Happo", por exemplo), em que o defensor fica a agarrar um dos braços do atacante.



Kesa-Gatame


Kesa-Gatame


 

Nesta técnica, o defensor envolve o pescoço do atacante com o seu braço e faz pressão no tronco do do atacante com a zona superior do seu tronco, contra o solo.

O defensor captura então o braço do atacante com o seu outro braço e mão e encosta-o à zona lateral do seu corpo, imobilizando assim o braço.

Seguidamente, o defensor aproxima a sua cara do atacante, para aplicar mais pressão sobre o último.

Para evitar que o atacante se tente mover ou sair desta imobilização, estende-se a perna do lado do último para a frente (no caso da imagem, é a perna direita), enquanto a outra perna fica pousada e um pouco flectida, atrás.

 

 

Há duas variantes para esta técnica, que podem ser usadas no Ninjutsu Moderno:

 

1. Kuzure-Kesa-Gatame

 

Esta variante chama-se Kuzure-Kesa-Gatame (no Judo e no Jiu-Jitsu) e aqui as diferenças em relação à técnica anterior é que o braço do defensor (neste caso o direito) envolve o atacante por baixo do seu braço (neste caso, o esquerdo) enquanto que o outro braço do defensor envolve por baixo o pescoço do atacante e a mão agarra o ombro esquerdo deste, prendendo-o assim.

A restante posição corporal e a pressão exercida sobre o tronco do atacante são executadas da mesma forma que na técnica anterior.

 

 

2. Ude-Ishigi-Te-Gatame

 

Esta variante, que em japonês se chama Ude-Ishigi-Te-Gatame, tem apenas uma (embora importante) diferença em relação à primeira técnica, Kesa-Gatame: Em vez do defensor encostar o braço direito do atacante à zona lateral do seu tronco, aplica uma chave de cotovelo no mesmo braço, pegando pelo pulso e pressionando o cotovelo para "dobrar" no sentido reverso, ou anti-natura.

 


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